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Localizada na zona Sul de São Paulo, sexta maior cidade do planeta, a história da Vila Mariana começa por volta de 1770 de acordo com os registros do livro “O bairro de Vila Mariana”, escrito por Pedro Domingos Masarolo, quando era chamada de “Meio Caminho do Carro”. O local era constituído de vários sítios, e em muitos deles escravos chegaram a ser castigados. Chamava-se “Caminho”, porém não passava de picadas feitas no meio de matas e florestas, eram trilhas para a passagem de carros de boi e bestas, feitas pelos homens que tinham ido à procura de ouro e bugre para escravizar.
Consta-se que os primeiros moradores vieram do Taboão, por volta de 1820 e se estabeleceram onde hoje é a caixa d água do bairro, segundo o testemunho de imigrantes europeus chegados em 1878. Dizia-se que durante a Guerra do Paraguai, o local servia de descanso às tropas vindas do interior em direção a Santos.
Por volta de 1840 os serviços públicos apareceram, e surgiram novas estradas. As vilas se aproximaram da cidade, com isso a miséria e a ignorância se afastaram do povo e dos lugares.
Em 1850 o local passou a ser chamado como “Cruz das Almas”.
O primeiro grupo de estrangeiros a se fixarem na Vila Mariana foi de italianos, vindos do norte da Itália, em 1878. O sobre nome de algumas famílias encontradas aqui era Verdi, Moreti, Pauleti, Modesto, Cusin, Noce, Stopa, Botecchia. Com a vinda desses imigrantes, o bairro passou a ser conhecido como “Colônia”.
Em 1886, a construção da estrada de ferro que saia da Liberdade e ia em direção a Santo Amaro, passando pela Vila Mariana, fez com que o bairro passasse a ter um fluxo maior de pessoas.
O batismo do bairro com o nome de Vila Mariana, foi feito por um cidadão descendente de franceses e portugueses, chamado Carlos Eduardo de Paulo Petit. Homem de boa cultura e muitos conhecimentos, logo conseguiu a localização de uma escola pública no bairro onde sua esposa Maria começou a lecionar. O casal construiu uma casa na Rua Vergueiro, de frente para o lugar onde hoje é a caixa d água. O bairro então passou a ser efetivamente conhecido por Villa Marianna por causa da junção dos nomes da esposa e da mãe de Carlos Peti, Maria e Anna respectivamente.
Em 1888 o bairro já havia progredido bastante, mas só em 1896 que o distrito de Vila Mariana foi reconhecido oficialmente. Em 1900 se estabeleceram no bairro, portugueses e em 1903 chegaram alemães na Rua José A. Coelho, onde fundaram uma escola alemã.
O abastecimento de água começou entre 1915 e 1917, e entre os anos de 1918 e 1920 o bairro possuía várias fábricas, como de fósforo, chocolate, cerveja, banha, salame, piano, sabão, entre outras coisas.
Após 1924 surgiu o transporte público no bairro. Entre os anos de 1930 e 1940, o bairro já estava bem desenvolvido, possuía poucas áreas vazias e ruas surgiam cada vez mais. O local transformava-se em uma zona de hospitais, indústrias e laboratórios farmacêuticos.
Hoje a Vila Mariana constituída de 123 618 moradores, e é caracterizada com um bairro de classe média, com perfil tanto residencial como também comercial. É uma região tradicional, charmosa, e com muita história.
Fonte:
“O bairro de Vila Mariana”- Pedro Domingos Masarolo, 1971
“450 bairros- São Paulo 450 anos”- Levino Ponciano,2004, Editora Senac
Fotos: Cecília Loretto Lochagin
Agradecimentos à Sala Coleção São Paulo, Biblioteca Mário de Andrade, onde essa pesquisa foi realizada por meio do acervo do local, e à Norma Shizue Haru, que me auxiliou durante a pesquisa.
Consta-se que os primeiros moradores vieram do Taboão, por volta de 1820 e se estabeleceram onde hoje é a caixa d água do bairro, segundo o testemunho de imigrantes europeus chegados em 1878. Dizia-se que durante a Guerra do Paraguai, o local servia de descanso às tropas vindas do interior em direção a Santos.
Por volta de 1840 os serviços públicos apareceram, e surgiram novas estradas. As vilas se aproximaram da cidade, com isso a miséria e a ignorância se afastaram do povo e dos lugares.
Em 1850 o local passou a ser chamado como “Cruz das Almas”.
O primeiro grupo de estrangeiros a se fixarem na Vila Mariana foi de italianos, vindos do norte da Itália, em 1878. O sobre nome de algumas famílias encontradas aqui era Verdi, Moreti, Pauleti, Modesto, Cusin, Noce, Stopa, Botecchia. Com a vinda desses imigrantes, o bairro passou a ser conhecido como “Colônia”.
Em 1886, a construção da estrada de ferro que saia da Liberdade e ia em direção a Santo Amaro, passando pela Vila Mariana, fez com que o bairro passasse a ter um fluxo maior de pessoas.
O batismo do bairro com o nome de Vila Mariana, foi feito por um cidadão descendente de franceses e portugueses, chamado Carlos Eduardo de Paulo Petit. Homem de boa cultura e muitos conhecimentos, logo conseguiu a localização de uma escola pública no bairro onde sua esposa Maria começou a lecionar. O casal construiu uma casa na Rua Vergueiro, de frente para o lugar onde hoje é a caixa d água. O bairro então passou a ser efetivamente conhecido por Villa Marianna por causa da junção dos nomes da esposa e da mãe de Carlos Peti, Maria e Anna respectivamente.
Em 1888 o bairro já havia progredido bastante, mas só em 1896 que o distrito de Vila Mariana foi reconhecido oficialmente. Em 1900 se estabeleceram no bairro, portugueses e em 1903 chegaram alemães na Rua José A. Coelho, onde fundaram uma escola alemã.
O abastecimento de água começou entre 1915 e 1917, e entre os anos de 1918 e 1920 o bairro possuía várias fábricas, como de fósforo, chocolate, cerveja, banha, salame, piano, sabão, entre outras coisas.
Após 1924 surgiu o transporte público no bairro. Entre os anos de 1930 e 1940, o bairro já estava bem desenvolvido, possuía poucas áreas vazias e ruas surgiam cada vez mais. O local transformava-se em uma zona de hospitais, indústrias e laboratórios farmacêuticos.
Hoje a Vila Mariana constituída de 123 618 moradores, e é caracterizada com um bairro de classe média, com perfil tanto residencial como também comercial. É uma região tradicional, charmosa, e com muita história.
Fonte:
“O bairro de Vila Mariana”- Pedro Domingos Masarolo, 1971
“450 bairros- São Paulo 450 anos”- Levino Ponciano,2004, Editora Senac
Fotos: Cecília Loretto Lochagin
Agradecimentos à Sala Coleção São Paulo, Biblioteca Mário de Andrade, onde essa pesquisa foi realizada por meio do acervo do local, e à Norma Shizue Haru, que me auxiliou durante a pesquisa.
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